Você sabe se manter motivado?

imagem coletada no pexels

A chave do que nos desmotiva
Existem momentos em que não entendemos o porque agimos. São situações que manifestam desejos e vontades pouco identificados conscientemente e que podemos chamar de clandestinos. Eles estão ali, no nosso dia-a-dia sem que percebamos sua presença.

É muito comum existirem situações onde não temos a mínima consciência das intenções dos nossos comportamentos, desconhecendo assim nossas reais motivações. À medida em que não percebemos o que está em jogo, temos que lidar com o que vem, suas consequências e incoerências.

Consequências dos nossos estados inconscientes

Em geral, nossos comportamentos são guiados por desejos, por vontades ou por intenções pouco percebidas. Quando eles tomam conta das nossas ações, podemos ter surpresas um tanto desagradáveis ou que não vão na direção do que realmente queremos racionalmente. Por vezes, o susto pode ser muito grande e o impacto consciente disso faz com que exista um grande choque, desencadeando frustração, desânimo e, principalmente, desmotivação.

Culpa e autossabotagem

E é aí que entra o sentimento de culpa ou o estado de autossabotagem. É quando de algum modo nos deparamos com nossos mecanismos de defesa que são estruturas internas psíquicas que fazem com que o nível de conflito interno se torne um pouco mais suportável – por mais que a própria estrutura defensiva também cause sofrimento. Entretanto, elas vêm para aliviar um conflito interno ou um sofrimento muito mais avassalador. Estas defesas vêm para aliviar as angústias patológicas, as angústias existenciais ou mesmo as angústias circunstanciais da vida. Estas defesas, por exemplo, podem se manifestar como culpa e autossabotagem.

À medida em que sentimos culpa, esse é um indicativo de que estamos em contato com algum conflito interno. A culpa acaba “pedindo internamente” uma resolução, como se fosse — “ eu preciso sanar o erro ou o mal que eu fiz, eu preciso me redimir”. A culpa pede uma resolução do erro, da falha ou daquilo que nos faz sentir culpados. Socialmente isso é positivo pois permite que existam os reparos para quem foi prejudicado.
Ao mesmo tempo, a culpa é uma forma de driblar e de impedir que a pessoa também tenha que se ver com a real intenção daquele ato e que talvez tenha sido um ato muito importante para si mas pouco autorizado internamente: um sentimento clandestino. Assim, ao mesmo tempo em que a culpa pode ser entendida como um valor social de reparação e de interação entre as pessoas, ela também pode ser entendida como uma casca que acoberta nossos reais sentimentos, o que resulta numa não aceitação de nós mesmos.

Já a autossabotagem acaba sendo o jeito “torto” e “atravessado” de expressarmos um certo desejo que também não é reconhecido internamente. Pode ser entendido como aquele momento em que “metemos os pés pelas mãos”, que fazemos trapalhadas e que agimos de um jeito “torto”, dando espaço para que aquele desejo “clandestino” se manifeste.

Necessidade de consciência

É extremamente importante que possamos desenvolver a capacidade de reconhecer aquilo que nosso corpo e nosso “ser psicológico interno” nos pede. Existem demandas pontuais, amplas, simples e complexas associadas ao desejo. E talvez sejam justamente nessas pequenas coisas que desejamos que podemos dar o primeiro passo para que a tomada de consciência se estabeleça, pois também são nesses pequenos desejos que ocorrem grande parte daquilo que ignoramos sobre nós mesmos. E, se não tomamos consciência deles, tornam-se excluídos e clandestinos.

Um recurso bastante válido que podemos aplicar de imediato é parar para pensar naquilo que queremos. Parar por um breve instante para nos escutarmos é um privilégio que damos a nós mesmos. Assim, em algum momento, podemos parar para nos questionarmos sobre o que estamos sentindo, se estamos com fome e queremos comer, se estamos com sono e consequentemente queremos dormir, se estamos bravos e queremos brigar, se estamos tristes e queremos chorar, se estamos preocupados e precisamos pensar.

É a partir destes questionamentos da coisas basais, das coisas primárias de nossas vidas que começamos a adquirir uma autoconsciência. À medida em que vamos treinando esta habilidade, também vamos tomando consciência de questões mais amplas sobre o que desejamos e que de fato queremos buscar. Até mesmo questões de âmbito existencial podem ser beneficiadas a partir do treino desse auto questionamento.

A negação do que se sente e o choque de valores

É claro que quando começamos a nos questionar de modo pontual e à medida em que vamos treinando e nos questionando também de modo mais existencial, buscando saber mais do que queremos, também podemos entrar em choque com determinados valores e crenças que nos limitam e com modelos de conduta que podem ir contrariamente ao que de fato queremos. Isso pode gerar um desconforto emocional muito grande.

Nessas situações, é o momento em que abdicamos ou desconstruímos alguns desses valores para darmos espaço à construção de um novo modelo de conduta e de novos valores, mais atualizados e coerentes com o nosso querer e com o nosso desejo. É um momento em que desenvolvemos o desapego e nos libertamos de certas amarras.

Entretanto, a partir deste novo posicionamento é possível que existam consequências que também podem gerar um certo mal-estar. Isso porque aquelas referências, podem esconder em seus núcleos determinadas zonas desconhecidas de nós mesmos. E quando entramos em contato com essas zonas desconhecidas, é bastante comum que tenhamos que nos deparar com o desconforto emocional, uma certa angústia. Assim, é também necessário readequarmos algumas concepções sobre nós mesmos e sobre o mundo.

A confusão mental e a escuridão da alma

E é aqui que entra um ponto delicado. Isso porque todo esse autoquestionamento também nos faz entrar em contato com o que desconhecemos de nós mesmos. E senão não nos permitimos remodelar nossas percepções emocionais, o choque causado pode nos fazer mergulhar de modo intenso e profundo no oceano escuro e incerto da alma. É quando nos sufocamos e nos afogamos em nós mesmos, envoltos pelo desespero.

Nessa situação, tentamos encontrar o fundo desse oceano para que a partir dali possamos nos impulsionar para uma retomada. Isso ocorre à medida em que nos desfazemos dos pontos de conflito e passamos a aceitar mais nossos desejos e vontades. Voltamos à superfície e podemos respirar quando aceitamos aquilo que nosso corpo mais demanda de nós, quando passamos a autorizar aquilo que até então estava muito clandestino em nossas vidas.

O que até então era clandestino, por exemplo, talvez diga respeito à sexualidade, talvez diga respeito à família, diga respeito às pessoas com quem convivemos, ao trabalho no qual estamos estabelecidos, às coisas que escolhemos estudar, ou mesmo, ao lugar que escolhemos para viver. E, remodelar isso é um grande desafio.

É necessário muita aceitação e muito acolhimento de nós para nós mesmos. É importante que nos acolhamos diante do desamparo que vem frente a esses sentimentos clandestinos. É justamente quando aceitamos olhar mais para aquilo que não autorizamos que temos a oportunidade de nos integrar mais, desenvolvendo um modelo mais coerente e mais coeso entre nós e o mundo. Assim, nos mantemos motivados e vibrantes com a vida.

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Vitor H. L. Paese

Vitor H. L. Paese

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