Tentem lembrar de quando vocês se conheceram. Como era? o que chamou a atenção de vocês, o que encantou vocês naquela época?… algo disso ainda persiste? se mantém? Tudo mudou?! pra pior?… Aquilo que mantém vocês conectados hoje, o que é?
Quando convivemos mais, temos que lidar com aquilo que não nos agrada no outro. Coisas que lá no começo da relação talvez nem fizessem diferença. Além disso, a partir do momento em que vamos estabelecendo um convívio mais próximo, também vamos entrando em contato com os “abismos” e as diferenças de como vemos o mundo — um mundo completamente diferente para cada um de nós.
E à medida em que vamos nos relacionando, ganhando intimidade e tempo de convívio, vamos percebendo divergências de ideias, de argumentos, de como conduzir as coisas todas… e de repente, já não conseguimos mais conduzir e gerenciar. Começamos a ficar descontentes e insatisfeitos com o modo como estão as coisas. E é aí que se instala o conflito. Já não conseguimos mais ser empáticos um com o outro. Começamos a nos desentender com muito mais facilidade.
Este é um momento muito delicado, cheio de sentimentos de mágoa e de raiva. É um período que exige muito acolhimento e amor. Para transcender esse momento, precisamos exercitar o perdão do outro, o autoperdão, a humildade e principalmente a fé. Temos o desafio de aceitar que somos diferentes, que somos seres em constante evolução, limitados em nossa percepção do todo, carentes de dar e receber amor.
Não precisamos enfrentar sozinhos tudo isso. Existem caminhos terapêuticos que podem nos acolher e direcionar. A terapia de casal é um desses caminhos. Ela possibilita o desenvolvimento da empatia, do diálogo, da aceitação mútua e estimula a expressão dos sentimentos.
Se vocês estão passando por um momento difícil no seu relacionamento, lembrem-se: vocês não precisam passar por isso sozinhos. Procurem auxílio!