Depois de conhecermos alguém, o passo seguinte – quando simpatizamos ou gostamos – é dar um jeito de cultivar essa nova relação. O desafio é como acolher essa pessoa em nossas vidas.
E nem sempre isso é tão fácil. Isso porque temos uma rotina e um dia-a-dia já estabelecidos com outras pessoas e com o mundo ao nosso redor.
Por exemplo, se vamos do trabalho para casa e de casa para o trabalho o tempo todo, no máximo conseguiremos estabelecer conexões com as pessoas que estão presentes na nossa rede de trabalho e com as pessoas que moram conosco.
Para que ocorra de fato uma nova abertura de conexão, devemos nos perguntar se o modo como vivemos possibilita a presença de novas pessoas, se podemos nos adaptar e nos moldar a novas ideias e novas situações de vida. Devemos avaliar se estamos dispostos a recebermos convites para ir a um evento, por exemplo, e também se estamos dispostos a convidar essa nova pessoa para vir a nossa casa.
À medida em que percebemos que existe essa abertura, o desafio seguinte é achar os meios para estabelecermos essa aproximação. A regra básica é tentar, ter algum tipo de comportamento que nos leve em direção a essa nova pessoa, para que possamos nos aproximar. Nesse caso, muitas tentativas são possíveis, tais como: telefonar, mandar mensagem, fazer uma visita, convidar para algo diferente (fora da rotina), apresentar algum livro ou filme que já tenhamos lido ou assistido.
O ponto central é termos a consciência de que toda relação é viva e, como tudo aquilo que é vivo, necessita de alimento e de cuidados. E à medida em que cuidamos e alimentamos essa nova relação, temos a oportunidade de estarmos mais perto, em maior contato físico, o que pode facilitar muito a troca de afetos que é justamente seiva vital para o cultivo de qualquer relação.