Quando alguma coisa não vai bem, quando estamos em crise, por exemplo, podemos sentir uma necessidade muito forte de buscar auxílio. Essa busca, às vezes, acontece quando fazemos contato com um amigo para conversar, com um parente para desabafar ou com um profissional para nos orientar. De toda a forma, estamos em busca de uma solução para os nossos problemas. E não há mal algum nisso, pois queremos aliviar aquilo que nos incomoda. Porém, quando resolvemos nossas crises, entramos novamente em uma certa zona de conforto e deixamos de fazer um trabalho de base, de crescimento terapêutico, onde fortalecemos nossos alicerces emocionais.
Dia após dia, somos chamados a lidar com situações que exigem maior domínio emocional e maior autoconhecimento. Quando apenas “resolvemos” nossos problemas, uma nova acomodação se forma (Perigo!!!). Nesse caso, temos um cenário propício para repetições de padrões negativos, acúmulo de questões mal resolvidas e possíveis crises em um futuro breve.
A terapia é um processo permeado de descobertas e compreensões sobre nós mesmos. É um mergulho profundo no mar das emoções. É um processo de mudança dos comportamentos que nos fazem sofrer.
Pegando como exemplo uma rodovia que já está cheia de veículos – tapar os buracos já não resolve mais. É necessário expandir, criar novas opções, caminhos e ampliar as vias já existentes. É exatamente aí que entra a terapia, expandindo nossas capacidades e criando novas perspectivas de realidade. E ainda… mais do que uma busca para resolvermos um problema ou uma crise, a terapia deve ser fruto de uma escolha que tem em seu núcleo a vontade de crescermos e de nos transformarmos em alguém melhor.
Se você não está disposto a mudar, a rever sua forma de lidar com as coisas da vida, então, não faça terapia!